Resenha: Teto para dois da Beth O’Leary

by | 13 Abr, 21

Teto Para Dois | Amazon.com.br
  • Título: Teto Para Dois
  • Autor: Beth O’Leary
  • Editora: Intrínseca
  • Número de páginas: 400
  • Ano de publicação: 2019
  • Compre: Amazon

SINOPSE OFICIAL DE TETO PARA DOIS

Eles dividem um apartamento com uma cama só. Ele dorme de dia, ela, à noite. Os dois nunca se ignorados, mas estão prestes a descobrir que, para se sentir em casa, às vezes é preciso jogar as regras pela janela.

Três meses após o término do seu relacionamento, Tiffy finalmente sai do apartamento do ex-namorado. Agora ela precisa para ontem de um lugar barato para morar. Contrariando os amigos, ela topa um acordo bastante inusitado.

Leon está enrolado com questões financeiras e tem uma ideia pouco convencional para arranjar dinheiro rápido: sublocar seu apartamento, onde fica apenas no período da manhã e da tarde nos dias úteis, já que passa os finais de semana com a namorada e trabalha como enfermeiro no turno da noite. Só que tem um detalhe importante: o lugar tem apenas uma cama.

Sem nunca terem se encontrado pessoalmente, Leon e Tiffy fecham um contrato de seis meses e passam a resolver como trivialidades do dia a dia por Post-its espalhados pela casa. Mas será que essa solução aparentemente perfeita resiste a um ex-namorado obsessivo, uma namorada ciumenta, um irmão encrencado, dois empregos exigentes e alguns amigos superprotetores?

PANORAMA GERAL

O livro “Teto para Dois” conta a inusitada história de Tiffy e Leon, que dividem a mesma cama, sem nunca se encontrarem.

Isso é possível, pois Leon, um jovem tímido e bondoso, decide sublocar o seu apartamento durante a noite, enquanto trabalha como enfermeiro.

E quem concorda com essa proposta um tanto estranho é Tiffy, um jovem de gosto excêntrico, que acaba de sair de um relacionamento conturbado e precisa de um lugar barato para ficar.

Mas, devido a uma condição imposta pela namorada de Leon, os dois nunca se encontraram pessoalmente, nem para fechar o contrato.

Todavia, Tiffy e Leon criam um sistema de comunicação único (por meio de post-its), que utilizam para avisos importantes e informações corriqueiras.

Aos poucos, os dois jovens vão virando amigos próximos, chegando ao ponto de trocar confidências (Tiffy sobre o seu ex-namorado abusivo e Leon sobre o seu irmão preso injustamente).

E uma amizade inocente vai conquistando o coração dos dois, por mais que Leon tenha uma namorada e Tiffy ainda não tenha esquecido o ex (que vive reaparecendo).

O QUE EU ACHEI DE TETO PARA DOIS?

Eu li esse livro sob influência de uma amiga, que me recomendou dizendo que ele era o “romance clichê que a Netflix estava perdendo”.

E, de fato, concordo com ela!

Não vou esconder: eu sou um pouco suspeita, pois amo clichês românticos, como “Para todos os garotos que já amei” e “Simplesmente acontece”.

Mas… tenho certeza de que Teto para Dois vai te conquistar, assim como fez comigo e minhas amigas.

Sobretudo, devido a esses pontos do livro:

Personagens

Primeiro, devo dizer que adorei a construção dos personagens.

O Leon é simplesmente um fofo.

Ele é super prestativo com seus pacientes, trabalha bastante para pagar um advogado para o irmão e abdica de seus dias de sono para procurar uma paixão perdida de um paciente no fim da vida.

Ademais, ele é bastante verdadeiro com seus sentimentos e cuidadoso com a Tiffy, principalmente nos momentos em que ela mais precisa.

Mas… não vou mentir: a timidez dele, às vezes, me irritava, sobretudo quando ele evitava conhecer a Tiffy pessoalmente.

Sobre ela: eu achei a paixão da Tiffy pelo seu trabalho bem verdadeira, afinal, ela ganhava pouco, se frustrava com clientes, mas não desistia!

Além disso, toda a sua excentricidade e jeito de ser foram muito bem trabalhadas, desde os costumes às roupas diferentonas.

Mas, a melhor parte foi a construção de seu comportamento baseado nos traumas vividos no antigo romance, que era bastante abusivo, por mais que ela não conseguisse enxergar.

Romance abusivo

Esse é um ponto bastante delicado do livro, mas que me surpreendeu. 

Principalmente, pelo fato de que a autora não romantizou esse tipo de relação.

“Ah, mas a Tiffy às vezes não enxergava o Justin como ruim…”

Infelizmente, isso é comum, ainda mais para a personagem que passou um longo período em um vai e vem confuso, no qual a culpa do rompimento sempre foi dela.

Mas, para abrir os nossos olhos, a autora trouxe personagens que, a todo momento, tentavam mostrar a Tiffy sobre quem era o Justin de verdade.

Além disso, a forma como a própria Tiffy descobriu isso não foi abrupta, de uma hora para outra, mas sim lenta, como acontece na vida real.

Ela analisou alguns pontos de seu antigo relacionamento e pouco a pouco enxergando o quão ruim eles eram.

E ao receber o amor (verdadeiro) de Leon, ela entendeu que o que tinha com Justin não era amor.

Criatividade

Sabe o que é melhor do que clichê? Um clichê com um enredo diferente.

Para mim, Teto para Dois é assim.

Primeiro, pelo fato dos personagens dividirem uma cama, mas não ao mesmo tempo.

Antes de ler, imaginava que seria aquele clássico no qual dois personagens dividiam a cama juntos e se apaixonavam perdidamente.

Mas, não! Eles nem usavam o mesmo lençol.

Segundo ponto: sobre eles terem se apaixonado sem ao menos se conhecerem.

Sinceramente? Achei isso muito fofo e verdadeiro.

E, dentro disso, entra o sistema de comunicação deles, por meio de posts-its espalhados por toda casa.

Mesmo no auge do WhatsApp, a Beth O’Leary desenvolveu um meio de comunicação próprio e diferente, que foi introduzido naturalmente na vida dos personagens, a partir de um simples recado.

CONCLUSÃO

Eu simplesmente amei o livro e eu o daria 4 estrelas (guardo as 5 para livros muito impactantes)!

E se você for amante de outros romances clichês, com certeza, deve ler Teto Para Dois.

O livro é criativo, fofo e me lembrou bastante “Simplesmente Acontece” e “Para todos os Garotos que já amei” (talvez pelas mensagens em papel).

Mas, ele também aborda alguns assuntos sérios, como romance abusivo e prisão injusta, de uma maneira adequada às situações.

Enfim… é uma leitura leve e agradável, perfeita para um fim de tarde tranquilo.

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